Previdência privada: como economizar para o futuro
Você é daquelas pessoas que pensam que a aposentadoria está muito distante e não é preciso preocupação? Caso sua resposta tenha sido sim, sugerimos que você repense, caso contrário quando você completar 60 anos, terá um grande problema em mãos. Já ouviu falar em previdência privada?
O planejamento de aposentadoria é essencial, especialmente porque nessa fase da vida a renda cai e as despesas aumentam. Mas muitas pessoas não conseguem nem pensar nisso porque estão desempregadas, alegam não sobrar dinheiro ao fim do mês para poupar para o futuro ou pensam que não vale a pena juntar pouco dinheiro. Qual dessas desculpas você está dando para si mesmo?
Uma resposta à pergunta como guardar dinheiro para o futuro é a previdência privada, que funciona como uma previdência complementar à previdência social ou mesmo como única fonte para quem não deseja ou não pode depender da previdência do INSS (especialmente após a reforma da previdência).
E, embora a previdência privada não seja gerida pelo Governo, é regulamentada e fiscalizada por um órgão federal chamado Susep (Superintendência de Seguros Privados), garantindo o respaldo para os brasileiros que quiserem adquirir um plano de previdência privada.
Mas antes de começar a investir em uma previdência privada, livre-se das dívidas
Se assim como a maioria dos brasileiros, você estiver endividado, recomendamos que você elimine essas pendências financeiras antes de começar a investir em uma previdência privada.
Você pode solicitar empréstimo sem garantia com a Simplic para quitar as dívidas e evitar novos parcelamentos, desse modo, sobra mais dinheiro para continuar pensando no futuro.
O que é previdência aberta e fechada?
Existem duas modalidades de previdência complementar no Brasil. A previdência privada fechada, ou fundo de pensão, é oferecida por algumas empresas para seus colaboradores.
A previdência privada aberta, também chamada de previdência individual, está disponível para qualquer pessoa que queira adquirir um plano, ou empresa que queira oferecer o benefício.
Para começar a investir na previdência aberta, é preciso buscar uma instituição financeira idônea, como um banco, corretora de investimentos ou gestora de fundos de previdência. Não há um valor ou frequência de aportes mínimos para quem queira começar a investir.
O investimento em previdência individual é dividido nas etapas de acumulação e resgate e funciona assim: você realiza aportes e o dinheiro é capitalizado, em seguida você decide como deseja resgatar o montante investido.
Não é necessário resgatar o dinheiro apenas quando você se aposentar. Algumas pessoas decidem investir em uma previdência privada para o futuro dos filhos, planejamento sucessório ou outros planos a longo prazo.
Principais vantagens da previdência privada
Conheça todos os pontos positivos do investimento em uma previdência privada abaixo:
– Tributação flexível: existem dois tipos de tributação em uma previdência privada. O regime progressivo utiliza a mesma tabela de dedução usada para os salários, enquanto o regime regressivo a alíquota do Imposto de Renda (IR) aplicada sobre o investimento diminui com os anos.
– Benefícios fiscais: quem adere a um plano de previdência PGBL pode deduzir 12% de sua renda anual bruta quando for realizar a declaração completa do imposto de renda.
– Sem incidência de come-cotas: como é chamada a antecipação semestral do IR que é cobrada de fundos de investimentos, com exceção da previdência privada, em que o imposto é aplicado somente na etapa de resgate.
– Portabilidade descomplicada: está insatisfeito com o rendimento ou taxas cobradas? Então peça a portabilidade do seu plano para outro fundo de previdência privada sem precisar solicitar o resgate dos fundos.
– Investimento com liquidez: passado os primeiros 60 dias, você pode solicitar o resgate do dinheiro aplicado. Dica: considere o regime tributário escolhido, pois no resgate é aplicado o imposto de renda.
– Investimento democrático: pois você não deve possuir uma idade mínima ou máxima para começar a investir. E existem opções para diferentes perfis de investidores, chamados de conservadores, moderados e agressivos.
– Opção ideal para quem não tem conhecimento sobre investimentos: pois a instituição gestora do fundo de previdência privada cuida de toda a parte burocrática para você.
Quais são as taxas aplicadas à previdência privada?
É importante que você saiba que qualquer fundo de previdência privada que você escolher aplicará algumas taxas pela gestão desses recursos. A primeira delas é a taxa de administração que varia de 0,8% a 3% ao ano, dependendo da modalidade – renda fixa, multimercados e fundos de ações.
Também é aplicada a taxa de carregamento, uma cobrança de até 6% em todo o aporte que você realizar. A taxa de saída é cobrada se você decidir resgatar todo o dinheiro ou pedir portabilidade. Essas duas taxas são mais comuns em planos de previdência antigos e você deve fugir delas.
Por fim, a taxa de performance incide apenas sobre o rendimento do fundo de previdência e está presente especialmente em fundos de ações e mercados, mas está presente em alguns fundos de renda fixa.
Devo escolher um plano de previdência PGBL ou VGBL?
Existem duas opções de plano de previdência: Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).
O grande diferencial do PGBL é que ele permite uma dedução máxima de 12% da sua renda bruta anual, no que chamamos de diferimento do pagamento do imposto de renda, pois o imposto só é aplicado no montante total (considerando o que foi aplicado e o rendimento) no momento do resgate.
Nesse sentido, recomendamos o PGBL para a maioria das pessoas, especialmente quem pretende contribuir com 12% da renda anual bruta, contribui com o INSS e faz a declaração completa do Imposto de Renda.
Em contrapartida, no VGBL o imposto de renda incide apenas sobre os rendimentos, mas não permite a dedução da renda bruta anual. Portanto, é recomendado para quem é isento ou apenas faz a declaração simples no IR.