Controle financeiro pessoal para iniciantes
Mais do que saber quanto entra e quanto sai, o controle financeiro pessoal te ajuda a eliminar gastos e prever custos no dia a dia. Saiba como se organizar e por onde começar a seguir!
O passo mais importante para controlar suas finanças é reconhecer a necessidade de se fazer isso, então parabéns desde já por ter começado!
Isso significa que você deseja ter mais controle sobre seu dinheiro, e não há ninguém melhor do que você mesmo para fazer isso. Afinal, é seu dinheiro.
Por que ter controle financeiro pessoal
Toda organização tem seus benefícios e na sua vida financeira não seria diferente.
Ter controle sobre seu próprio dinheiro te ajuda a:
> Visualizar sua renda mensal;
> Contabilizar gastos;
> Se preparar para imprevistos;
> Começar ou melhorar seus investimentos;
> E assim se programar, dentro do possível, para realizar pequenos desejos e grandes metas da sua vida
O dinheiro precisa deixar de ser preocupação nas nossas vidas, mas sim parte do planejamento geral. Um meio, não um problema.
O controle financeiro te ajuda até mesmo no momento de pedir um empréstimo, caso precise em algum momento da vida, sabia? Pois entra nos seus planos e não vira uma bola de neve.
Por onde começar: 4 passos básicos para organizar as finanças
1. Comece compreendendo suas dívidas
Se você tem dívidas, comece por elas na sua organização. Contas atrasadas criam novas contas e os juros tendem a aumentar se você não tem controle sobre a situação.
Então dedique esforços iniciais para renegociar suas contas, propondo um novo parcelamento ou negociação para um maior desconto, por exemplo. E cuidado, não caia na armadilha de fazer novas dívidas para pagar dívidas anteriores, isso só piora a situação. Os empréstimos devem ser feitos para o presente ou futuro, não para o passado.
2. Entenda a sua renda mensal
Muita gente não sabe como usar seu dinheiro do mês de forma que seja possível cumprir com todos os compromissos financeiros do mês. Portanto conheça sua renda de verdade!
Não deixe de levar em conta descontos de salário (plano de saúde, impostos…), que costumam diminuir bastante o valor.
Então considere renda seu salário líquido e outras entradas mensais, como aluguel de um imóvel que você tenha, por exemplo. Não entram nessa soma pagamentos pontuais e extras, como seguros ou vendas específicas, que você não recebe com frequência.
3. Liste todos os seus custos fixos
Agora que você quantificou quanto entra, liste tudo aquilo que é fixo de contas a pagar no seu mês.
Entram aqui somente custos fixos, não esporádicos, incluindo aluguel, luz, água, telefone, assinaturas, plano de internet, dentre outros, os quais comprometem obrigatoriamente sua renda mensal.
Nas suas anotações, considere também gastos anuais, IPTU, IPVA e seguros, que ainda assim são constantes e demandam planejamento antecipado para pagá-los. Essa antecipação que vai sendo possível armazenar da sua renda é o que muitas pessoas chamam de Reserva de Emergência.
A soma média desses valores é quanto sua vida custa hoje. É um valor compatível com seus ganhos? Sobra dinheiro no final do mês para uma pizza ou para investir? É aqui que começam as reflexões e detecção de pontos de melhoria.
4. Detectando e anotando gastos extras
Nessa fase da organização você vai procurar gastos do dia a dia, eles entram como extras, ou seja, não são contas fixas.
Vai desde o pãozinho que você tende a comprar 3 a 4 vezes por semana, até aquela grana que você reserva a cada 2 meses para comprar novas roupas. Onde estão seus maiores gastos nessa lista?
Só o fato de anotar todos os seus gastos extras no mês te ajuda a saber quanto você ainda tem disponível. Afinal, temos que ter um limite pros gastos à parte, certo?
Não confunda gasto extra com imprevisto, são coisas bem diferentes. Aquela pizza no final de semana não sai de uma reserva de emergência, por exemplo, já um implante dentário que você teve que pagar porque quebrou o dente comendo a azeitona da pizza sim.
Boas práticas para manter o controle financeiro pessoal
Dica 1: Separe seus gastos por categorias
Fica mais fácil de visualizar no seu controle se nomear seus custos, não apenas jogar valores em reais e ir somando. Especifique o que for Moradia, TV, Internet, Lazer, Saúde, Mercado, Conhecimento, etc.
Também nomeie cada gasto extra, assim você pode ver o quanto acumula em determinada categoria. Já pensou fechar o mês mostrando que você gastou mais com salão de beleza ou jantares do que esperava? Dá pra fazer muitas descobertas… e reajustes também. Se o seu objetivo é economizar, é claro!
Dica 2: Pense em substituições para gastos extras
Será que você não vai gastar menos se investir numa cafeteira em casa, ao invés de tomar café na padaria todos os dias? E se levar marmitas de segunda a quinta para seu trabalho e só almoçar fora nas sextas? Ou ainda economizar com passagem de ônibus simplesmente andando até o trabalho (ainda coloca o cardio em dia)?
Quando você detecta seus picos de gasto no controle financeiro, é possível pensar em substituições e economizar muito! Claro que nem tudo é possível mudar, mas seja sensato e criativo o bastante para saber o que pode melhorar.
Todo esse dinheiro que vai “sobrar” pode ser destinado para outro objetivo da sua vida: seja ajudando no montante do final do mês a ponto de te ajudar na sua dívida, seja numa conta digital que rende diariamente, ou ainda indo para a sua conta exclusiva daquela viagem perfeita.
Dica 3: Compare preços e economize
Cada real importa. Cada centavo importa! Então que tal trocar a compra de frutas e verduras no supermercado por ir na feirinha de rua do lado da sua casa? Ou ainda evitar grandes compras em mercadinhos de bairro, onde os preços são maiores?
Aqui vão mais dicas:
– Nos mercados, olhe para as prateleiras superiores ou inferiores, pois as do meio na altura dos seus olhos são sempre as mais caras.
– Fique alerta às placas de ofertas nos estabelecimentos, pois nem sempre são os menores preços. Sempre tem um ou mais asteriscos!
– Muitas vezes, compensa pegar um táxi e fazer compras num mercadão mais longe da sua casa onde tudo é mais barato do que bancar toda uma compra na lojinha do lado.
– Sempre tem uma farmácia perto da outra, então leve o maior preço para a concorrente e peça para cobrir a oferta. Na maioria das vezes dá certo e o não você já tem.
– Quer comprar algo e não tem pressa? Consulte o preço na internet. Muitas lojas online vendem mais barato e ainda disponibilizam cupons de primeira compra ou outras promoções. Quem procura, acha!
– Quando alguém te chamar para um bar ou restaurante e for caro, sugira aquele que você conhece que é gostoso também e mais barato. Ou ainda um encontro em casa, onde cada amigo leva um prato? Coisas assim fazem muita diferença.
Dica 4: Dê nome para suas economias
Não basta querer guardar dinheiro ou ficar feliz porque sobrou R$300 reais no final do mês. É preciso saber suas metas e direcionar esse planejamento para elas.
Ao saber quanto você precisa para ter sua moto tão desejada, você pode se programar e destinar parte do dinheiro mensal no seu planejamento; ou ainda ter um cofre virtual que vai te levar para Cancún quando você atingir a meta para pagar a passagem aérea. Isso é o auge do controle financeiro: saber destinar dinheiro às suas metas nomeadas.
Dica 5: Considere investir e multiplicar seu dinheiro
O investimento é um próximo passo no seu planejamento! Fica aqui a nossa dica para você se informar sobre opções de como investir começando com pouco, aproveitando oportunidades com uma corretora de valores de confiança.
Informe-se sobre Renda Fixa, por exemplo, é um bom começo para fugir da rentabilidade mínima de uma poupança e começar a colocar o seu dinheiro para trabalhar para você.
Dica 6: Utilize aplicativos de controle financeiro pessoal
Não tem muito domínio no Excel para lidar com planilhas de controle financeiro pessoal? Tudo bem! Por mais que existam planilhas prontas na internet, você pode contar com apps que facilitam ainda mais a vida de quem quer se organizar melhor.
Portanto, visite a loja de aplicativos do seu smartphone e pesquise por controle financeiro ou termos semelhantes; certamente aparecerá opções gratuitas e pagas, basta escolher aquela com as funcionalidades que melhor te atenderem.
Outra dica, se você está começando agora mesmo e não entende muito de internet, é fazer a mão mesmo, colocando todas as anotações em um caderno; pode ser mais trabalhoso, mas é um começo para quem quer estar no controle!
E então, conte com pessoas que possam te ajudar a evoluir na forma de registrar despesas, somar gastos e tudo mais.
A Simplic torce pela sua independência financeira! Conte com a gente.
