Como usar o décimo terceiro para pagar dívidas?
Uma grande parcela da população brasileira aguarda o pagamento do décimo terceiro salário para pagar dívidas, e essa é uma decisão aconselhada por especialistas na área de economia, especialmente no cenário econômico atual, em que três em quatro brasileiros está endividado.
Quem está inadimplente deve utilizar pelo menos 70% do décimo terceiro salário para quitar a(s) dívida(s).
No entanto, muitas pessoas têm dúvidas de como utilizar o dinheiro para negociar e quitar as contas atrasadas, adiantar compras parceladas, amortizar empréstimos, negociar taxas de financiamento, entre outros.
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Quando bem utilizado, este pagamento, dividido em duas parcelas, recebidas nos dias 30 de novembro e 20 de dezembro, pode ajudar a reequilibrar as finanças para o ano seguinte.
Recomendamos que você coloque na ponta do lápis todas as suas pendências financeiras e organize os pagamentos de acordo com as recomendações que preparamos abaixo:
Priorize a dívida maior
Quem possui mais de uma dívida e deseja utilizar o décimo terceiro para renegociar ou quitar os débitos, deve priorizar a dívida principal, seja a que possui valor total mais elevado, ou a que ganha em percentual de juros e acréscimo de taxas.
As dívidas de cartão de crédito e cheque especial são alguns exemplos de pendências financeiras que devem ser priorizadas pela elevada taxa de juros, sendo uma média de 352,7% ao ano para o rotativo do cartão de crédito e até 160,75% ao ano para o cheque especial.
Priorize também as dívidas que podem limpar seu nome no cadastro de restrição de crédito como o Serasa.
Negocie o valor total, juros e taxas
Como uma dívida não é interessante nem para o devedor, nem para o credor, recomendamos que você negocie suas dívidas antes de efetuar os pagamentos.
Você pode renegociar o custo total, quantidade e valor das parcelas, juros e taxas agregadas. Inúmeras instituições financeiras oferecem boas condições de pagamento para inadimplentes.
Pague contas atrasadas
Quem está com contas atrasadas deve regularizar os pagamentos e organizá-las em ordem decrescente, ou seja, as com juros maiores devem ser pagas primeiro e as com juros menores podem ser pagas depois.
Também é importante priorizar o pagamento de contas que venceram há mais tempo, pois a incidência de juros e taxas é maior.
Antecipe o financiamento
Caso você não esteja com as contas atrasadas, você pode utilizar o décimo terceiro para antecipar o maior número de parcelas possível do seu financiamento, seja estudantil, veicular ou imobiliário.
A amortização de parcelas é interessante pois há a dedução ou redução de juros e taxas que incidem sobre o valor da parcela.
Mas só vale a pena adiantar as parcelas de seu financiamento, quando as taxas associadas ao financiamento superam 13% ao ano – para descobrir essa informação, leia o contrato ou contate o funcionário que efetuou seu financiamento. Quando essa taxa é menor, recomendamos aplicar o dinheiro em um investimento de baixo risco, como CDB ou Tesouro Direto.
E se o 13º salário não for suficiente para quitar as suas dívidas?
Quando o décimo terceiro não é suficiente para quitar todas as suas dívidas, é preciso pensar em outras estratégias. Nossa principal sugestão é renegociar suas dívidas e encontrar uma opção que caiba no seu bolso, seja aumentar o número de parcelas e reduzir o valor ou o contrário.
Outra opção interessante é optar por um empréstimo pessoal para reunir suas dívidas em uma única parcela, limpar seu nome, diminuir a duração da dívida ou aproveitar descontos exclusivos.
Mas antes de solicitar um empréstimo pessoal para quitar suas dívidas, recomendamos que você analise atentamente o valor e quantidade de parcelas e a taxa de juros aplicada, para tomar uma decisão consciente.
Caso o empréstimo pessoal seja a melhor opção para reorganizar a sua vida financeira, procure a Simplic, uma fintech de crédito que oferece empréstimo pessoal seguro e online. Os valores emprestados variam de R$500 a R$3.500.
E depois que eu quitar todas as minhas dívidas?
Depois de quitar suas dívidas é muito importante realizar o planejamento de suas finanças para o ano seguinte. Em primeiro lugar, você precisa identificar o(s) motivo(s) do descontrole financeiro para evitar cometer os mesmos erros e passar por essa situação desagradável novamente no futuro.
Também é importante repensar suas contas. Quais são suas despesas inegociáveis? Onde é possível cortar gastos? É normal gastar dinheiro em produtos e serviços não essenciais, mas essas despesas devem ser repensadas.
Depois de reequilibrar as finanças, você deve fazer uma reserva de emergência. Basta calcular seu custo de vida mensal e multiplicar esse valor por seis. Por exemplo, se seu custo de vida é R$3500 mensais, você deve juntar R$21.000 em sua conta poupança.
Com essas dicas, você percebeu que não é necessário adquirir um conhecimento aprofundado em gestão financeira para conquistar o equilíbrio financeiro. Estratégias simples podem proporcionar resultados consistentes.